terça-feira, 24 de abril de 2012

REALIZADA A 1ª ETAPA DO CURSO INTENSIVO DA INAPAF

Com grande entusiasmo e alegria foi dada a largada ao Curso Intensivo de formação da Agentes de Pastoral Familiar da INAPAF na Diocese de São José dos Pinhais. A 1ª etapa foi realizada nos dias 21 e 22 de abril de 2012 no Centro Pastoral da Paróquia São Cristovão em São José dos Pinhais com a participação de 38 casais sob a orientação do casal coordenador nacional da INAPAF Bosco e Eunides.
Esta etapa denominada de VISÃO GLOBAL tem como objetivos reavaliar a nossa fidelidade a Deus, motivar as lideranças para a formação e serviço da Pastoral Familiar, aprofundar reflexões sobre problemas que desestruturam nossas famílias e estudar as causas e os fatores históricos envolvidos, entender a especificidade da Pastoral Familiar e refletir sobre a metodologia e conteúdos prioritários para a realização de Pastoral Familiar em nossas comunidades. Foi feita uma importante e esclarecedora reflexão sobre as consequências da ausência paterna na educação dos filhos que nos dias atuais tem o seu papel subestimado. Os meninos tem que aprender a ser homem e a ser pai, mas com a ausência da figura paterna muitos não tem o referencial. No encerramento desta etapa foi feito um trabalho em grupo onde as equipes escolheram três objetivos prioritários para o trabalho pastoral visando solucionar ou pelo menos minimizar as causas dos problemas que afetam a família, indicando os recursos e materiais que vão precisar para a execução destes objetivos. A próxima etapa será realizada nos dias 23 e 24 de junho de 2012 também na Paróquia São Cristovão.

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segunda-feira, 9 de abril de 2012

CNBB convoca fiéis para Vigília de Oração pela Vida

CNBB
A CNBB convocou os fiéis para a Vigília de Oração pela Vida nesta terça-feira, 10, em frente ao STF em Brasília
Na próxima quarta-feira, 11, o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza o julgamento sobre a descriminalização do aborto de anencéfalos – casos em que o feto tem má formação no cérebro. A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou na Sexta-feira Santa, 06, uma carta a todos os bispos do país, convocando para uma Vigília de Oração pela Vida às vésperas do julgamento.

Em agosto de 2008, por ocasião do primeiro julgamento do caso, a CNBB publicou uma nota que explicita a sua posição. “A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja, presumivelmente, breve. (...)Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções. Os fetos anencefálicos não são descartáveis. O aborto de feto com anencefalia é uma pena de morte decretada contra um ser humano frágil e indefeso. A Igreja, seguindo a lei natural e fiel aos ensinamentos de Jesus Cristo, que veio “para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10), insistentemente, pede, que a vida seja respeitada e que se promovam políticas públicas voltadas para a eficaz prevenção dos males relativos à anencefalia e se dê o devido apoio às famílias que convivem com esta realidade”.

Fonte: Cancão Nova/Notícias


MENSAGEM DE PÁSCOA

“O Senhor verdadeiramente ressuscitou! Vencendo a morte  vive para sempre! Nasce imortal a humanidade nova! Dá-se nova criação!”
Celebramos essa força amorosa de Deus que, pelo Espírito, faz novas todas as coisas. Com as santas mulheres, vamos ao túmulo vazio e nos tornamos testemunhas da Ressurreição. Celebramos a Páscoa de Jesus Cristo que se realiza em todas as pessoas e grupos que promovem a dignidade humana, a vida nova e a paz. Alegres cantemos!
Essa é a notícia mais importante de todos os tempos para a humanidade, e você e eu somos enviados a anunciar: “Cristo ressuscitou!”. Ressuscitando, Jesus venceu o mal e a morte, derrotou o pecado e suas consequências. Ressuscitando, Cristo garantiu vida plena, vida em abundância, vida eterna para todos nós.
O mal e a morte estão presentes no nosso mundo, mas não têm mais a última palavra. O Senhor ressuscitado venceu-os para sempre. Com o Filho de Deus, nós também venceremos o mal que nos cerca. Com Ele passaremos da morte para a vida.
Mais uma vez, o anúncio da Ressurreição do Senhor vem tornar mais firme a nossa esperança diante dos desafios e dificuldades que encontramos no nosso dia a dia, pois Ele ressuscitou e está vivo no meio de nós! Jesus caminha conosco e orienta a nossa história pessoal, familiar e comunitária.
Desejo que o Ressuscitado se faça presente na sua vida – e na de todos os homens – com Sua força de vida nova e de paz. Que você se deixe alcançar pelo Ressuscitado que sempre infunde coragem e paz. Desejo que você, como os discípulos de Emaús, se deixe envolver pessoalmente pelo Ressuscitado e, assim, torne-se o melhor discípulo e missionário d’Ele, pois a Sua ordem como Ressuscitado é: “Não tenhais medo! Ide dizer aos meus irmãos que partam para a Galileia e lá Me verão!”
A “Galileia” de hoje é a sua casa, são os seus familiares, vizinhos, colegas e amigos a quem você deve anunciar, sem medo de nada nem de ninguém, que Ele ressuscitou verdadeiramente como havia dito.
A certeza de que o Filho de Deus se fez um de nós em Jesus e completou em Sua vida, morte e ressurreição o projeto de Salvação que brotou do amor apaixonado da Trindade Santíssima em favor da humanidade decaída, nos deve encher de uma alegria transbordante e nos tornar apaixonados seguidores e anunciadores de Seu Evangelho.
Com São Paulo, devemos todos dizer: “Com os fracos eu me fiz fraco para ganhar os fracos. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele” (1Cor 9,22-23). Que a celebração da Ressurreição do Senhor nos leve ao compromisso de construirmos, juntos, um Reino de discípulos e missionários da Boa Nova.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

ATUALIZAÇÃO SOBRE A REAL SITUAÇÃO DA APROVAÇÃO DO ABORTO NO BRASIL ALÉM DOS CASOS PREVISTOS EM LEI


Por Thácio Siqueira, Zenit.
Entrevista com Claudio Fontelles, ex-Subprocurador- geral da República

Por Thácio Siqueira, Zenit.
Claudio Fontelles, que foi Subprocurador-geral da República, grau mais alto da carreira, concedeu ao ZENIT uma entrevista para esclarecer-nos um pouco mais a situação atual do projeto que prevê a legalização do Aborto no Brasil. Publicamos a seguir e entrevista:

A comissão de juristas criada pelo Senado para elaborar o novo Código Penal aprovou no dia 09 de março deste ano um anteprojeto que prevê, entre outros pontos, a ampliação dos casos em que o aborto é legal. A aprovação constou de quase maioria absoluta dos juristas, menos 1 que se opôs. O senhor poderia explicar para os católicos brasileiros, o que é essa comissão e por qual motivo está composta por pessoas que pensam da mesma forma?
Claudio Fonteles: A comissão, instituída pela presidência do Senado da República, objetiva apresentar aos senadores a visão de segmentos profissionais vinculados à Justiça – membros do Ministério Público, magistrados, advogados, professores - sobre os vários temas presentes no Código Penal para a sua reformulação, extinção e apresentação de novas realidades, que necessitem ser normatizadas.
Realmente, constituir comissão em que os membros conduzam-se de maneira a consagrar pensamento uniforme, mormente no relevantíssimo tema alusivo à defesa da vida humana, grandemente controvertido na sociedade brasileira, não condiz com a própria vocação do Parlamento, manifestação límpida do regime democrático, justamente por comportar o amplo e plural debate.
Creio que isso possa vir a ser sanado se a presidência do Senado, tendo em mãos o trabalho conclusivo da comissão e publicando-o, abrir prazo razoável para que os vários segmentos da sociedade se pronunciem sobre o mesmo, enviando concretas e fundamentadas críticas, ao que deve se seguir a realização de audiências públicas em que os representantes de pontos de vista opostos sejam equanimemente representados.
Qual foi a importância dada a esse anteprojeto? Essa aprovação significa que ele só passa por uma das Casas do Congresso para a aprovação final?
Claudio Fonteles: A comissão simplesmente subsidia, como disse antes, o posicionamento dos senhores senadores. Seu trabalho – e aqui insisto como esclareci na resposta anterior - deve sofrer o crivo da sociedade civil e, depois, tudo encaminhado às comissões específicas do Senado; à deliberação plenária; enviada à Câmara Federal para exame, também, de suas comissões específicas; decisão plenária e envio ao exame da Presidência da República.
Segundo informou a Folha, em notícia daquele dia, pela proposta, não é crime a interrupção da gravidez até a 12ª semana quando, a partir de um pedido da gestante, o “médico ou psicólogo constatar que a mulher não apresenta condições de arcar com a maternida-de”. Inicialmente, a ideia da comissão era propor que essa autorização fosse apenas dos médicos, mas acabou estendida aos psicólogos. Qual é o seu juízo sobre essa proposta?
Claudio Fonteles: Sobre esse específico ponto, a proposta de inovação é completamente incorreta. Todo texto normativo deve primar pela objetividade a que a solução que objetive não se dilua na incerteza. Então, como se aferir que “a mulher não apresenta condições de arcar com a maternidade”? Eis situação carregada de imprecisão, marcada pela subjetividade e, o que também revela extrema precariedade, conferida a decisão a hum ( 1 ) só e solitário profissional.
Hoje, inclusive, novo ramo da medicina já se faz real: a medicina fetal, ou a te-rapia fetal, que surge, e se desenvolve em passos concretos, justamente a que se preserve a vida e a saúde do feto. Portanto, o que a isso há de se somar é o cuidado para com a gestante em toda a sua dimensão para que ela, justamente vivendo experiência, clara e concreta, de apoio, solidariedade, amor e amparo emocional, psicológico e material, por parte do Estado brasileiro e de associações privadas, una-se à vida que dela tanto necessita, ou doe essa vida a quem dela tanto queira. Devo, aqui, registrar o Programa-Cegonha, desenvolvi-do pelo governo da Presidenta Dilma, justamente a amparar a mulher e a vida do feto, no pré-natal, como diretriz governamental acertadíssima, digna de parceria, inclusive com os segmentos religiosos comprometidos com a defesa da vida. 
Por que a discussão sobre os anencéfalos se encontra no STF?
Claudio Fonteles: A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde contratou o advogado Luiz Roberto Barroso que promoveu no Supremo Tribunal Federal a ação de descumprimento de preceito fundamental – ADPF nº 54 – para legitimar o aborto do feto anencéfalo.
O código Penal brasileiro ainda considera o aborto um crime, exceto no caso de estupro ou para salvar a vida da mãe. O senhor considera que o Brasil está a ponto de tirar plenamente o aborto do código penal?
Claudio Fonteles: Não, considero que no estágio atual da sociedade brasileira, que se debate entre a formação de uma sociedade humanista, solidária, amorosa ou de uma sociedade egoísta, utilitarista, pragmática, sendo essa última visão fortemente difundida pelo stablishment midiático das grandes corporações jornalísticas a impor a cultura do politicamente correto, é de se manter o quadro normativo como está, sem alterações no Código Penal na temática sobre o aborto.
Parece ser que esse tema foi repassado para Maio, para aprovação do Senado. O senhor poderia nos atualizar um pouco sobre o estado da situação? O que a comunidade católica pode fazer para ajudar nesse processo de decisão, para evitar que o aborto, a eutanásia e a questão dos anencéfalos sejam aprovados no Brasil?
Claudio Fonteles: A comunidade católica, de plano unida às demais irmãs, e irmãos, de outras confissões religiosas, e irmãs e irmãos não crentes, mas todos tendo em comum a defesa da mulher grávida e do feto devem em todos os quadrantes em que atuem, na comunidade brasileira, incessante, serena e fundamentadamente posicionar-se concretamente – debates, manifestações públicas ordeiras, passeatas, cobranças assíduas aos parlamentares – em prol da afirmação desse valor supremo, que é a vida.